13.4.09

"A vida passa, flui... e eu ficarei para trás". É este o pensamento que me assombra a alma neste momento. Deixei de ter medo seja de quem for, ou do que for...menos de mim mesmo. A auto-destruição é algo que se apoderou de mim nestes ingratos últimos tempos. Como tal, prefiro permanecer deitadinho, coladinho à cama, coisa que sempre me custou. Mas é absolutamente necessário, pois a morte é minha aliada neste momento e se tenho uma crise... já era. Eu sempre fui apologista de um ideal de vida, mas neste momento a minha mente está nefasta, intragável. À minha volta, um mar de lágrimas... todos choram, pois o odor a cadáver emana de mim. As causas deste meu estado suicida estúpido? Só eu sei...
Espero ter força para controlar essa lúgubre vontade...
:((((((((((

9.4.09

Oublié...

Nem sei o que dizer... ou o que fazer, se é que há alguma coisa que realmente possa fazer. Há uma que resulta sempre - o afastamento. Mas se na dualidade vida/morte o afastamento do primeiro (e por consequência o segundo) é fácil demais e típico dos fracos, no caso das grandes amizades é o passo mais difícil a dar. É... porque a nossa mente não pára, tal máquina constantemente alimentada a carvão para percorrer grandes distâncias. Como tal, tais decisões conduzem a memórias atrás de memórias... boas memórias, aliás, excelentes, que apenas nos conduzem ao amargo e eterno caminho do arrependimento. Mas eu sou forte e como tal procederei ao tal caminho, se for esse o concenso final... mas ir-me-á doer, doer muito, como se me cravassem todos os dias uma faca no coração. Mas talvez até mereça, pois assim aprendo a ser um Ser Humano um tanto ou quanto intereceiro e reles como a maioria. O meu mal é ser muito bom e prestável para os outros. Por vezes penso que seria melhor para mim, ser um daqueles que se desinteressam por tudo o que não seja futebol e cerveja com os amigos. Aí ao menos nunca me envolvia com as pessoas em demasia e nunca saía lesado. Pelos vistos sou do tipo que suscita interesse junto dos outros... mas que depois de algum tempo passo a ter um estatuto menor, cada vez mais pequenino, inferiorizado a um expoente insignificante. Mas em mim quem é grande, grande permanece... eu não me esqueço. Jamais!!!!!!!

10.1.09

Oh happy day

Hoje foi um dia grandioso. Fui para Belmonte dar aulas durante a tarde e aconteceu uma coisa mágica... NEVOU!!! Nevou a tarde todinha por lá. E como eu adoro neve...
De regresso a Castelo Branco no Ferrari do Sr. Feliz, parecia o Matrix! A neve caía com tal abundância que dava a sensação de não ser composta de pequenos flocos, mas sim de linhas contínuas que se desfaziam em mil pedacinhos no pára-brisas.
Já em Castelo Branco ficou encerrado o capítulo da neve. Por lá nem isso pega...
Fui ao Jumbo comprar umas coisas e dar um beijinho de boas noites à Princesa Desalento. Por mais vezes que lá vá, a secção de cinema tem visita garantida! Desta vez encontrei por lá o "21 gramas" do grande Iñarritu e um filme que já persigo à anos - Miller's Crossing, dos irmãos Coen. O dvd não tinha preço e eu decidi levá-lo para perguntar na caixa. O código de barras indicava uma coisa aberrante (!!!!) - 64 euros. De pronto, a simpática menina da caixa telefonou para o "boss" que, depois de pesquisar nos quadros de produtos, chegou à conclusão que o filme não existia por lá!!! Que bom... veio de borla XD
Vejam se gostam:

26.12.08

Bah...

Não sou muito apreciador de fins-de-ano bombásticos. Para mim tudo se traduz numa tradição um pouco estúpida, com umas outras tantas incoporadas ainda mais idiotas. Exemplo disso são as passas e as contagens decrescentes, as cuecas azuis, o pé direito, etc... enfim... todo o clima festivo que leva a nenhures. Afinal de contas o que haverá para festejar assim de tão importante? Até parece que depois da meia noite a vida será perfeita, sem problemas e vivem todos felizes para sempre!! É interessante observar a sociedade em que vivemos... mais que isso, é sufocante. No Natal somos bombardeados com propaganda idiota acerca da tal solidariedade e clima natalício de paz e Amor, sempre regada com aquelas pseudo-entrevistas nos centros comerciais em que toda a gente fala com aquele olhar terno e artificial. Mas ao que me parece do outro lado do espelho, tudo vai dar ao mesmo: prendas, prendas e mais prendas... consumo capitalista e desnecessário, em que quem oferece mais caro é o melhor. Em vez dos já mais que gastos ideais "perfeitos" associados ao Natal só consigo captar a hipocrisia, uma vez que o Mundo continua na miséria repleto de guerras, sofrimento, discrepâncias brutais e injustas na sociedade (etc.) e na prática ninguém faz nada para melhorar seja o que for. Mas como o noticiário da TVI abafa isso tudo, "é na boa", faz de conta que sim! O que é ainda mais incrível é que mal termina o momentinho mágico das prendinhas, todo o clima que se gerou à volta desta época arrefece bruscamente, desvanece, é varrido das nossas mentes e já nem faz sentido nenhum haver publicidade natalícia no intervalo (da porcaria) dos Morangos com Açúcar. A partir daí um outro clima se gera - o da "party". Já ninguém quer saber de ajudar os pobres e famintos, fracos e oprimidos. Só se pensa naquele diazinho um tanto igual aos outros todos, num sítio "fashion" tal como Ibiza, ou o Brasil, cheio de pinga. É lindo andar a cortar nas despesas alimentares durante o ano para depois se ir viajar até um sítio "caliente" e ver o mesmo que se vê em todo o lado - um monte incrível de dinheiro mal gasto em fogo-de-artifício, que daria para alimentar África durante uma semana, tudo em prol de mera extravagância.
Ainda assim, para todos uma feliz continuação de vida! :D

25.12.08

Clic!

A minha fotogenia vai de mal a pior. Ou sou eu que vivo obcecado num ideal de beleza remontando à quase perfeição dos ídolos da antiga Grécia, ou não sei... certo é que me sai sempre tudo mal. Em 1000 fotos que tiro/me tiram, 10 ou menos ficam do meu agrado. Sei lá porquê?!, transcende-me essa explicação. Mas nesta, que foi a melhor fotografia alguma vez tirada ao meu Ser, tinha que alguma coisa sair furada... ficou o raio da bolsa da máquina junto de mim!!! Mas enfim, nunca se pode ter tudo, certo? Ainda assim não posso deixar de dizer que fotografias destas já eu tentei mil vezes sozinho. Mas das 1000 não saiu uma de jeito! Tudo fora... LIXO!! Mas um "Espelho meu" disse que se me tirasse uma foto, que havia de ficar bem. E por acaso... traduziu-se no que se vê. OBRIGADO, Cenedril nîn!!! A ti dedico esta foto... mereceste ;)

23.12.08

O 'stor Gwydion

Agora sou professor! :D
É engraçadíssimo pensar que outrora fui o cume da rebeldia (e de algum modo ainda sou, um pouco mais moderadito) e que só me sentia bem na minha indomabilidade. Como tal, fazer a cabeça dos domadores "em água" constituía o auge da minha curta-existência. E sim, refiro-me a Domadores pois para eles eu não era um aluno, mas sim um animal... UMA FERA!! Cheguei a orgulhar-me de fazer uma professora chorar, impotente perante a minha energia diabólica e era "o pão-nosso-de-cada-dia" dizer o que quer que fosse, que os outros nem ousavam murmurar entre lábios (pelo menos a maioria, pois os Lobos vivem em Alcateia). Era para mim uma afronta em tom de desafio, quando os(as) Srs(as). da cartola e chicote pronunciavam o que para eles constituía a ameaça-mor, aquela que por si só chegava para cessar a incerteza comportamental dos "fracos e oprimidos" - "Ou te calas ou vais imediatamente para a rua!". Mas eu(?)... eu já era mais que imune às vozes de comando e já tinha simulado milhões de vezes aquele panorama nos confins da massa cinzenta. Então, quando Eles (domadores) começavam a sentir-se potentes e vitoriosos, eis que tinha início o duelo...
O meu arsenal de artilharia era diverso e incerto, dependia do que tivesse "à mão"! Era frequente puxar da navalha e cortar um pedaço da carga da caneta com 1 ou 2 centímetros, arma de longo alcance munida de silenciador. Como munição, pequenos bocados de papel que cuidadosa e habilmente enrolava. Uma vez carregada e posicionada a arma (na língua) era tempo de fazer o mais difícil - acertar no alvo em movimento. Mas a prática faz a perfeição e eu já era um sniper de categoria, afinal já tinha alvejado metade do corpo docente da escola bem mais que uma vez. "3...2...1..." e um quase inaudível silvo enviava o minúsculo projéctil de encontro à juba armada da Domadora. Ao primeiro riso que ecoava, pensava eu "1-0". Mas o objectivo não era a vitória, sendo que essa era 90% garantida, mas sim o massacre!! Após aquela armação capilar estilo saia de Marie Antoinette estar tão composta quanto uma árvore de Natal, concentrava as minhas energias noutro campo - eliminar os bufos, aqueles que geralmente me denunciariam a seu bel' prazer e proveito. Por outras palavras, os graxistas. Havia um bem perto de mim. Cá fora era um bom amigo e um exímio praticante do mais nefasto calão, mas lá dentro tinha aquele "mau feitio" que se traduz no "menino-querido-da-professora". Um dia foi premiado com uma ida o quadro para escrever o sumário. O sangue fervilhava-me nas veias, era uma oportunidade única para mim! Tinha que ser astuto e exímio e simular o diâmetro daquele pandeiro na cadeira para colocar uma mina terrestre (pionés) mais ou menos a meio do seu raio, coincidindo com a sua nádega esquerda. Depois foi só esperar! Ele sentou-se... e... nada aconteceu! Os meus cálculos haviam fracassado. Mas a mente de um vil celerado como eu não pára, maquinando tropelias umas atrás das outras. Levantei-me e fui afiar o lápis. De caminho passei com o cotovelo de forma sublime por um "g" transformando-o num "a". Nova chance à vista...
Regressando ao campo de batalha alerto, pleno de cordialidade, a professora para uma palavra sem sentido no quadro. Lá foi o rapazinho, incrédulo com tal gafe, ao quadro uma vez mais. Desta vez os meus sentidos estavam alerta ao local exacto de onde o avantajado glúteo saiu e lá foi a bomba uma vez mais. Desta feita não falhei! Aliás, acertei em cheio e um cavernoso guincho preencheu veemente as cavidades auditivas dos espectadores que miravam incrédulos, a cena:
"AAAAAAAAAAAAAAIIIIIII... C*r****lh*, páááááááá!!!
Vitória!!!!! Quase que me senti o capitão de equipa a receber a taça da Liga dos Campeões, ao som do "We Are The Champions" dos Queen, transparecendo uma lágrima de emoção.
O palavrão tem um poder libertador, sempre o defendi. E naquele caso foi libertador até demais: libertou-me da tensão do possível empate com a mostrenga domadora, libertou uma gargalhada geral no resto da turma, libertou (acho eu) a dor na "nalguinha" do moçoilo e ainda a sua máscula e "tasqueira" virilidade, que por sua vez libertou o seu estatudo de "menino-blá-blá.blá", real bufo de Sua (des)Graça a Professora.
Eu era realmente um "Pestinha". Mas talvez seja esse o factor mais importante para quem procura compreender os alunos que tem. É raro aquele que falta à aula e que não vem cheio de motivação para um misto de música e risota que constitui as minhas aulas. Aliás, até as mães de dois deles me questionaram acerca da minha presença no ano lectivo que vem, pois eles "dizem maravilhas do 'stor de piano em casa". A ver vamos...

Gwydion

Faz tempo que aqui não venho...
Para mim, tudo na vida necessita de um período de descanso. Sem ele o mundo à nossa volta torna-se pesado, esgotante, caótico, soturno e muito mais. Aliás, até o Amor se torna algo insignificante se não houver uma folgazita por vezes, que nos embrenhe no fabuloso mundo de nós mesmos. É quase como que por momentos sentir uma natural invasão à nossa linha avançada da privacidade, que se torna mais hostil perante o metronómico tic-tac do tempo que por nós não espera.
Como tal, descansei! E como os senhores do "Blogger" tiveram a subtil gentileza de não me cancelar a conta, eis que penso ser o momento ideal para regressar e dar asas ao maquiavélico mundo da minha mente...
^^Gwydion^^

2.2.08

Semelhanças

Cada vez mais comparo o nosso país aos Estados Unidos da América. Um dos aspectos em que me baseio é, como é óbvio, o cultural. Torna-se cada vez mais difícil entender certas pessoas. Um dia destes passou na "2" um daqueles programas sem o mínimo interesse, sobre uma tour qualquer intitulada "Flying Monkey's Tour". Como protagonistas, a própria banda da macacada voadora mais outras três. A conversa em questão tinha como palco uma esplanada num qualquer café. Para lá dos macacos estava um membro de uma outra banda:

O outro: A cena, mano... tipo... é aquela, tás a ver? Tipo... ya, na boa, man... tipo... é assim tipoooo... à descoberta... ya?

Macaco-chefe: Ya, bacano...tipo... ya, é isso! É bué'de arriscado, mas... tipo... o people quer é curtir, man!

Macaco 2: Tipo... é assim: tipo, um gajo sai daqui, man, vai... tipo... numa de desbunda, ya?

O outro: Ya, isso é onda, mano! Tipo... e a material, man? Nós temos bué'dele!

Macaco-chefe: Nós levamos o nosso, man... tipo, é assim.... é fixe, acredita puto. Quanto ao caché... man, é... tipo... aceitar o que a malta da cena propõe, ya? Vais ter que tocar abaixo do teu caché, man. Mas tipo... vai ser a loucura, mano!

Interessante por um lado... deplorável pelos restantes. Mas é esta a realidade! Respeitar a nossa riquíssima Língua torna-se raro (e difícil) entre a malta jovem e quem o faz (como eu) é "tipo... bué'de careta, man"... isto para não mencionar aqueles(as) tipos(as) que gostam de ExXcrEVerH AxxXIim... "no comments".

O caso dos Estados Unidos não é tanto o de desrespeitar a linguagem. É mesmo de pura e simples estupidez. Aqui vai um caso: Esta "menina" não sabe que França é um país... nem que Europa não é um País... e talvez fosse daquelas pessoas que diria que Portugal era lá para o pé do México.

Uma outra semelhança com os EUA é a banha. Se os Portugueses se misturassem com os Norte Americanos não destoavam muito. Acabariam sim por destoar na medida em que os Norte Americanos têm um pouco a mania que são melhores que os outros, sendo o típico Tuga um ser exímio na (não-) Arte da pateguice-extrema: o Tunning (ou Xunning, mais concretamente). Voltando à banha, é triste ver o povo português "americanizado". Já lá vai o tempo em que o "Ti Zéi" queria comer fast-food e levava o farnel atrás. Depois metia o lencinho no colo, sacava de uma garrafita de vinho, um pão e uns queijos ou chouriços e já estava (cenário apenas visível nos jogos do Benfica, nomeadamente um Benfica - Inter de Milão em que tive que gramar 150 kms no autocarro com uma quantidade de Tugas, todos eles a devorar um paio e a beber cerveja). Agora a porcaria do McDonalds encarrega-se de assemelhar um pouco mais o ser humano com um porco, cenário já bem avançado no país do Hamburguer.

Até no campo das "celebridades" estes dois países se assemelham. De um lado está a Britney Spears, outrora pitinha feliz com o mundo a seus pés, etc. Do outro lado a Foleiribella, com o seu ar de criança frágil e uma borboleta tatuada. Ambas começaram a cantar (à escala de projecção do país em que vivem, claro) e ambas tiveram papéis de cinema: A Britney nuns filmezecos bem foleiros e a Luciana na Foleiribella (que em nada é original). A decadência.... essa, surgiu na Britney depois de uma pequena cirurgiazinha - um par de bolas no lugar dos seios, peitos, mamas, o que for! A partir daí o caminho para a podridão não tardou a se exibir: drogas, centros de desentoxicação, alcoolismo, filmes de putas, problemas com a polícia, etc. Resta ver a "ascensão" da Foleiribella pois o deselengante "par de bolas" já está implantado...

Antes...

Depois...

12.1.08

"Prófissionáu do Séquiço"

Os noticiários portugueses são realmente uma grande merda! Volta e meia lá está a aparecer uma reportagem sobre o Big Brother, ou como vai ser o natal da Bernardete (Nuno Gomes), ou sobre a "árdua" e demente vida dos desafinados e chorões da Operação Triunfo. É roto, meus amigos! Bem roto!!!! E desde quando é que é notícia, uns tipos que nada percebem de Música (a serem tristemente iludidos por outros no mesmo pé) a chorar como se o mundo lhes fosse cair em cima a dizer "Epá...tipo... esta cena é bués difícil, meu! Não consiiiiigo..."!!!! C*r*lh* para esta cambada de maricas! "Não consegues? Coragem, pá! Faz força que isso sai!!!" é só o que dá vontade de dizer...
No Brasil é que a coisa é bem feita! Então não é bem melhor conhecer as verdadeiras disPUTAS da vida? Aquelas alheias a um todo (guerras e afins) tendo como protagonistas duas simples pessoas? ;p